a gente teme ser excessivamente frequentado, citando prosaísmos num mundo cuja ordem é ser original, inédito e invulgar.

preguiça, tenho.

Eu, que sempre reclamo do banal, faço agora um elogio. Começando por rever o que é, afinal, ser banal. todo mundo é, com o perdão da obviedade, ser humano todo dia. como não ser banal assim? Talvez tamanho meu amor pelo filme citado antes porque ele decompõe o banal ao seu limite. O banal é usado, é manipulado. Banal é a vida. Essa coisa ordinária sobre a qual todos desejam erigir um paralelo particular e exclusivo: das raridades e o resto. Pensando assim, quero ser o resto.

Num mundo cheio de estímulação e obrigação ao compactuar com tais estímulos, ser banal parece até dever político. Feijão com arroz e amores. Pão com manteiga e carinhos. Uma cerveja bem chulé e um aconchego de canções da vida.

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