a aproximação de um íntimo com o que ressoa publicamente. qual a tua explicitude? qual é a tua receptude (não existe palavra pra isso? pra que todas as outras?) gratitude. ser o que se é (da estrela do Ramil) amar com tudo. amar com toda franqueza desconhecida. com tudo que não se sabe - que é o quase tudo da gente. não se sabe tanto - não um saber das coisas não um saber informativo. tô falando do corporificado: a execução. o saber que é na medida em que se sai à rua de si. ruim é amar mal. amar sem conhecer as proprias imperícias, eu sempre digo isso, como eu sou repetitiva. mas. não dá pra viver no magrinho. no flácido querer. não dá. é um aceite, assumir que, bom: estás aqui e nós sabemos de tudo que ainda não sabemos. é disso que se faz o amor, não é? a porção íntegra, assim nós nos recebemos. e assim um encadeamento, uma literação semantica pro abraço no mistério sem qualquer temor. coisa mais linda a profundidade. Profundidade, sabe lá o que isso diga, desde que diga alguma coisa. Alguma coisa mais do que só o que toda esquina da vida te diz. Então deu. Um beijo na breveza reincidente. Leve a lembrança do baú de prata, do Gil. E eu deixo aqui que as palavras se digam, se liguem umas às outras (disse o Arnaldo sobre o Gil) e que imantadas assim resolvam tudo isso. Wu wei do mundo vão. Irrequietamente serena: dizem "eu sou a minha quietude, não a deles". Condiz. E eu sigo no meu búdico projeto que corre adjacente às volitivas saudades que avolumam nesse córrego. Te recebo assim, e te deixo também desse jeito. É tudo eu - "instante vacilante". Tão amor, sabe lá também o que pode dizer se já estragaram tanto com essa palavra. Mas assim. Nesse desejo inconsequente ("de matar esse vampiro" - doody II do Nei Lisboa). Chega de coração apagado e eu dando conselho. Ou colapsa, ou eu quero paradeiro. Só não me diz que não foi bastante, porque bastante foi tudo que mais foi. Toma aqui as minhas mãos porque eu também nada mais sei.

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