Os que amam os livros porque amam a fremência da vida. Amam a literatura dos séculos passados porque já perceberam que a vida circula. E circula. E circula. Correndo pra dentro do tempo; tempo circulandor, serpente da coluna, o colo que aconchega o choro, o fundo máximo da nossa superfície. Um ser vivo no tempo. Amam os livros porque consideram os mortos do tempo que perpetuam nos ares; que liberam os ares e fecundam flor; desmanchando no papel antigo lustrando o rubor dos dias do tempo em ato, vivos. Um morto, um livro vivo de um morto. Que é a morte perante o vivo nos livros?

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